21 de junho de 2008

Os Visitantes

No local demarcado
Após muitas eras e luas
Eles vêm me encontrar
Deitada aprecio sua lenta chegada
E ansiosa aguardo o meu despertar
Palavras murmuradas se misturam
No pequeno espaço que escolheram para mim
A escuridão tenta seu brilho aplacar
Mas eu já posso vê-los
Não há como recuar
Tocam em meu ombro
Me chamam sibila
E mostram o caminho
Que devo tomar
De onde surgiram?
Por que me aparecem?
Serão boas ou más?
Delas não tenho medo
Lindas criaturas
Que meu sono se põem a velar
Me trazem presentes
Materializando meus desejos
Recusar deveria?
Doces lampejos
O mal não me fazem
Mas quem serão?
Tampouco me causa alarde o que não conheço
Pequenas criaturas do mundo invisível
Noites sim, noites não
Me lembram de sua existência
Todos os dias, todas as noites
Sempre estarão perto de mim

Trâmites de Libertação

Para onde hão de nos levar
As concepções dos sábios
Que se dizem como chaves
Para as portas do oculto?
Para onde hão de nos levar
Estouvados fundamentos
Dogmas funestos
Se estes não nos permitem
Visualizar a luz?
Se vemos a luz
Lá está a ponte
E sabes onde é “Lá”?
“Lá” é o momento,
Em que o desprendimento
De todos os valores,
De toda corja de bons pastores,
Acontece