2 de julho de 2008

Os Súditos do Rei Lagarto

Viagens noturnas são feitas
Vamos e voltamos
Longos são os percursos
Mas estaremos de volta em meia hora

Palavras ao vento há muito sussurradas
Escutamos dia após dia
Palavras ditas na caminhada
Banhadas pela insistente chuva
Para serem apanhadas num dia de sol

Deixem-nos passar
Queremos ouvir a poesia do fim do dia
Deixem-nos beber um pouco de orvalho
A continuidade das tuas obras foi prometida
Nós somos o meio

No rosto, no corpo
Tudo tão diverso e confuso
Onde está a semelhança?
Nos olhos que buscam a luz no fim do túnel
E na mente que gira em torno do mesmo pensar

O boneco de neve começa a derreter
Mas o dragão profundamente ainda dorme
Todos agora, desçam do ônibus por favor
E no relógio os ponteiros marcam
A hora do despertar

O ancoradouro está próximo
Lá encontram-se intactos os seus navios
Desviemo-nos de seu olhar fulminante
Até que nos reconheça

Saudações Rei Lagarto!
Somos teus súditos
A continuidade das tuas obras foi prometida
Nós somos o meio

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