"Marias"
Marias cheias de graça
de vidas sem graça
e olhares perdidos
Benditos os vossos ventres
e benditas sois
entre os homens
gerando filhos do mundo
Marias, mães sem destino
que aos céus entonam seus hinos
em vida, agonia e morte
Seu ventre profana o santo
perde do amor o encanto
e em vida sonha,
Maria.
Amém.
1 de fevereiro de 2010
26 de janeiro de 2010
Rua Larimer
(Com o pensamento em Neal Cassady)
Trôpegos
Vacilantes
Incertos são
Os passos daquele velho
Por todos ignorado
Cuja garganta queima em meio a
Sórdidas
Horríveis gargalhadas
Aquele velho cujo filho
Sai à procura de um muro
E tudo o que ele deseja,
Nestes dias de extremo cansaço
É recostar-se nesse muro
Esmolas, bebida
Esmolas e nada de comida
Tribunais pela cidade
Salvo por seis anos de idade
Pelos becos da Larimer
Nada resta
Vinho, trens de carga
O Texas, baralho pornográfico
Inverno
E Larimer adormecia
Junto com a cidade
Trôpegos
Vacilantes
Incertos são
Os passos daquele velho
Por todos ignorado
Cuja garganta queima em meio a
Sórdidas
Horríveis gargalhadas
Aquele velho cujo filho
Sai à procura de um muro
E tudo o que ele deseja,
Nestes dias de extremo cansaço
É recostar-se nesse muro
Esmolas, bebida
Esmolas e nada de comida
Tribunais pela cidade
Salvo por seis anos de idade
Pelos becos da Larimer
Nada resta
Vinho, trens de carga
O Texas, baralho pornográfico
Inverno
E Larimer adormecia
Junto com a cidade
19 de janeiro de 2010
Poesia da Senadora Marina Silva, extraída da Revista Piauí, Janeiro 2010
De Marias, de Amélias e de Madalenas
No sofrimento somos Maria
Mãe de um Deus assassinado
Marias sem alegria
Dor sem futuro ou passado
Na renúncia somos Amélia
De uma triste verdade
Amélias sem sonho
Desejo ou vontade
No preconceito, Madalena
Nas praças apedrejada
Madalenas: ao pecado
E à culpa predestinadas
Só no amor temos os nomes
E as formas de nossa estima:
Velha mãe, jovem formosa
E, eternamente, menina.
No sofrimento somos Maria
Mãe de um Deus assassinado
Marias sem alegria
Dor sem futuro ou passado
Na renúncia somos Amélia
De uma triste verdade
Amélias sem sonho
Desejo ou vontade
No preconceito, Madalena
Nas praças apedrejada
Madalenas: ao pecado
E à culpa predestinadas
Só no amor temos os nomes
E as formas de nossa estima:
Velha mãe, jovem formosa
E, eternamente, menina.
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