De Marias, de Amélias e de Madalenas
No sofrimento somos Maria
Mãe de um Deus assassinado
Marias sem alegria
Dor sem futuro ou passado
Na renúncia somos Amélia
De uma triste verdade
Amélias sem sonho
Desejo ou vontade
No preconceito, Madalena
Nas praças apedrejada
Madalenas: ao pecado
E à culpa predestinadas
Só no amor temos os nomes
E as formas de nossa estima:
Velha mãe, jovem formosa
E, eternamente, menina.
2 comentários:
Oi Marcia!! Obrigada pela visita.
Lendo esse poema da senadora, lembrei que tenho um no mesmo teor, acho que o grito que vem do útero feminino tem várias vozes, mas o clamor é sempre o mesmo não?
"Marias"
Marias cheias de graça
de vidas sem graça
e olhares perdidos
Benditos os vossos ventres
e benditas sois
entre os homens
gerando filhos do mundo
Marias, mães sem destino
que aos céus entonam seus hinos
em vida, agonia e morte
Seu ventre profana o santo
perde do amor o encanto
e em vida sonha,
Maria.
Amém.
Beijos!!
De nada Moniquinha! Muito obrigada por comentar. "Marias" representa muitas mulheres nesta vida! Valeu!
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